Medicina centrada na pessoa e suas bases na Psicossomática

Na prática da medicina pós-moderna, muitos continuam a se lançar numa abordagem reducionista, valorizando sobremaneira os aspectos biológicos do processo saúde-doença. Outros, no entanto, já perceberam que para a maioria das situações clínicas com as quais o médico se depara em seu cotidiano, especialmente nos serviços de saúde primários, faz-se necessária uma abordagem que integre a subjetividade dos pacientes ao tratamento.

Visando tal abordagem integrativa, a ideia de uma medicina centrada na pessoa veio de Michael Balint e estruturou-se a partir de conceitos psicanalíticos e dos pilares da Medicina Psicossomática. Na esteira de Balint, o médico de família canadense Ian McWhinney e alguns de seus colegas desenvolveram o método clínico centrado na pessoa, ampliando o alcance da escuta qualificada dos psicanalistas para consultas de clínicos gerais e, consequentemente, melhorando habilidades de comunicação.

A proposta da aula disponível no vídeo a seguir não é apenas apresentar esse método clínico fundamental à prática clínica do médico na pós-modernidade, mas também fazer um passeio por alguns pontos importantes da história da própria Medicina, descortinando cenas que, embora tenham ficado muitas vezes à margem, são essenciais à compreensão do ser humano que adoece e vem nos pedir ajuda.


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