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Mostrando postagens de junho, 2016

Colesterol: da histeria coletiva às bases de um negócio bilionário

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Uma colega de profissão solicitou-me a indicação de artigo ou texto sobre dislipidemias (problema popularmente conhecido como colesterol alto), a fim de que ela pudesse se atualizar no assunto. Disse-me que o último texto por ela lido acerca do tema fora a IV Diretriz Brasileira de Dislipidemias e Prevenção da Aterosclerose . Respondi que eu poderia indicar-lhe a quinta diretriz, já publicada, mas que não o faria, pois entendo que, semelhantemente às  diretrizes que a precederam, houve  financiamento da indústria farmacêutica; portanto, caso a colega optasse por lê-la, sugeri que mantivesse aguçado senso crítico aos conflitos de interesse escusos ali presentes. Como alternativa, recomendei-lhe dois livros, recentemente traduzidos para o português, os quais lhe proporcionariam uma visão mais clara e imparcial sobre o colesterol alto, entre outros temas. São e Salvo: E livre de intervenções médicas desnecessárias (de autoria de Juan Gérvas e Mercedes Pérez Fernández) e Medicamen

A gripe e seus mitos

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O inverno vem chegando... E a estação fria traz consigo um enredo que alimenta muita gente com preocupações algo demasiadas sobre a gripe, especialmente no tocante ao uso de medicamentos e vacinas contra essa infecção virótica. Comecemos a pensar pela seguinte questão: gripe mata? Sim, gripe provocada pelo vírus influenza (em seus diversos subtipos, incluso o H1N1) pode matar, mas isto ocorre em um pequeno percentual, pouco maior que 1% dos casos. Este número é facilmente comprovável. Basta você, caro leitor, recordar quantas pessoas conhece que faleceram por gripe. Provavelmente você se lembrará de pessoas que morreram de infarto do coração, AVC, câncer, acidentes de trânsito, homicídios ou até por outros tipos de infecções que não a gripe, mas terá dificuldade de identificar alguém que morreu de gripe, pois isto é um evento raro. No entanto, forças “ocultas” (nem tão ocultas assim) querem fazer-nos crer que a gripe é um grande perigo. Querem vender-nos um medicamento chamado osel