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Mostrando postagens de outubro, 2016

Ejaculação precoce, para quem?

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Poucos problemas de saúde causam tanto incômodo aos homens quanto aqueles que comprometem seu órgão sexual, símbolo fálico à luz da psicanálise. Entre homens jovens, antes da temida “impotência sexual”, uma queixa mais corriqueira é a ejaculação rápida, também conhecida como precoce. Mas, se existe mesmo tal precocidade, a que se deveria? O primeiro passo no consultório frente a um paciente que se queixa de ejaculação precoce é justamente compreender o que ele considera como precoce. Não raro, aquilo que os homens entendem como orgasmo masculino rápido somente seria veloz se comparado ao imaginário fantasioso, ou a relatos fantásticos inverídicos de outros homens, nos quais ocorreria um dilatado tempo para se chegar ao clímax das relações sexuais. Em um segundo momento, se ficar constatado que realmente a velocidade com a qual o homem libera o ejaculado comprometa significativamente o relacionamento com a parceira, há que se oferecer tratamento. Este deve ser embasado pela tera

Princípios básicos da Terapia Comunitária Integrativa

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A Terapia Comunitária Integrativa (TCI) pode ser considerada uma boa opção não farmacológica, tanto preventiva quanto terapêutica, para os problemas de saúde mental. Fundamentada no pensamento sistêmico, na teoria da comunicação, na antropologia cultural, na pedagogia de Paulo Freire e na resiliência, a TCI configura-se como excelente alternativa à medicalização da existência e ao descentramento do sujeito, problemas observados na atual crise da psiquiatria. A webpalestra que pode ser acessada a seguir objetiva apresentar, de modo sucinto, os pilares teóricos e a técnica da TCI, na expectativa de que mais profissionais da atenção primária à saúde motivem-se pela formação específica que permite coloca-la em prática. Mais informações a respeito da TCI podem ser encontradas no site da Associação Brasileira de Terapia Comunitária Integrativa (ABRATECOM):  abratecom.org.br

Ética médica, benzodiazepínicos e a alienação do sujeito

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Dilmara, uma senhora de 54 anos de idade, consumia 12 mg de bromazepam e 4 mg de clonazepam (Rivotril®) diariamente, há 3 anos. Recentemente ela esteve no consultório da doutora Marina, médica nova na cidade, somente para solicitar que a profissional de saúde renovasse as receitas daqueles fármacos, pertencentes à classe dos benzodiazepínicos. Marina, conhecendo diversos prejuízos que podem advir do uso crônico de tais medicamentos, questionou Dilmara por que ela consumia-os há tanto tempo. A paciente relatou que, por recomendação de um médico anterior, começou a tomar benzodiazepínicos porque estivera deprimida. Atualmente Dilmara não se sentia triste, mas falou à nova médica que precisava deles para “continuar tranquila o dia inteiro”. Quando Marina explicou-lhe os potenciais danos associados ao uso crônico da referida classe de drogas, Dilmara disse achar absurdo um profissional médico considerar não renovar uma receita de uso contínuo. Eis o dilema ético que se apresentou: dev