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Lentas elaborações: a psicanálise em meio à doença orgânica

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Um homem com câncer apresentou-se na consulta médica como um ser humano bom, em sua própria visão. Como então poderia um câncer estar crescendo dentro de si? Que fatalidade! Sim, o homem mencionado considerava uma fatalidade, talvez uma injustiça, estar com uma neoplasia. Nota-se que foi o próprio sujeito quem associou o câncer a algo mau, ao indignar-se com o fato de alguém “bom como ele” estar padecendo de tal doença, reconhecidamente “maligna”. Então é tempo de questionarmos: seria mesmo possível para nós, humanos, sermos tão bons assim, a ponto de nos tornarmos imunes ao que é mau? Ou seriam bondade e maldade polos entre os quais necessariamente transitamos, pendendo ora mais para um lado, ora para o outro? Podemos também nos perguntar se cânceres, calculoses, reações autoimunes, condições inflamatórias crônicas, nefropatias, cardiopatias, diabetes e tantas outras patologias orgânicas seriam consequências do acaso. Parece-me que não. Isto não significa que as pessoas sejam “cul