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Nós e as perversões

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Na linguagem cotidiana, o termo “perversão” é frequentemente relacionado aos comportamentos sexuais anormais, corrompidos ou depravados. Também é corriqueira a utilização da palavra “perverso” como sinônimo de malvado e cruel. Definições de dicionários, obtidas em qualquer site de busca na internet, corroboram essas afirmações. Para a Psicanálise, no entanto, perversão é um conceito cujo sentido difere daquilo que o linguajar comum lhe atribui. Quem intenciona enveredar-se pelas vias psicanalíticas deve ter clareza de que se trata de um importante conceito e talvez precise esvaziar-se de ideias pejorativas ou estereotipadas a respeito das perversões. É verdade que no começo da obra freudiana, conforme apontam Roudinesco e Plon (1998), quando foi adotada conceitualmente, a perversão ainda era tratada como desvio daquilo que se considerava o padrão ou a norma do comportamento em termos sexuais. Desde aquela época, entretanto, Freud não atribuía a ela um viés depreciativo; ao contrário, e