Psicanálise e neurociências: um diálogo possível?

Marcadas por significativos avanços do conhecimento neurocientífico, as últimas décadas propiciaram exames complementares cada vez mais reveladores sobre o complexo funcionamento do sistema nervoso e suas diversas relações com os demais sistemas orgânicos do corpo humano.

Há quem advogue que essas fantásticas descobertas reforçam um determinismo biológico das doenças neurológicas e dos transtornos mentais, o que poria fim às ideias e teorias psicanalíticas. De outro lado, há quem argumente contra tal reducionismo, enfatizando que a condição humana escapa dos alicerces puramente biológicos e demonstrando que o progresso das neurociências confirma muitas das hipóteses de Freud, formuladas numa época em que os aspectos tecnológicos da Medicina eram certamente mais limitados.

A proposta do encontro de Psicossomática Florianópolis registrado no vídeo a seguir foi justamente explorar a possibilidade de um diálogo entre esses dois campos de saberes: a Psicanálise e as Neurociências. Apostamos num debate saudável que teve como ponto de partida comentários de Michel Machado Dutra, um médico neurologista, e de Claudemir Pedroso Flores, um psicanalista, ambos discorrendo sobre o tema.

0:00 - 7:38 -> apresentação: Bruno Guimarães Tannus

7:38 - 36:00 -> comentários: Michel Machado Dutra

36:00 - 58:23 -> comentários: Claudemir Pedroso Flores

58:23 - 1:50:46 -> debate

**recomendamos a leitura do artigo “Psicanálise e neurociências: visões antagônicas ou compatíveis?”, de autoria de Elaine Pinheiro e Regina Herzog, publicado na revista Tempo Psicanalítico.

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A imagem da postagem foi obtida na internet em:
https://aeon.co/essays/can-neuroscience-rehabilitate-freud-for-the-age-of-the-brain [acesso em 21 jul 2021]

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