Método Clínico Centrado na Pessoa: a evolução do método clínico

Em decorrência da evolução tecnológica, a tendência nos dias atuais é reduzir as explicações para o processo saúde-doença dentro de uma perspectiva objetiva, esvaziando os pacientes de sua subjetividade. Na contramão dessa perspectiva, o Método Clínico Centrado na Pessoa (MCCP) pode ser visto como um movimento para reconciliar a medicina clínica com a existencial, através da compreensão de saúde e doença sob o olhar da integralidade. 

De fato, o MCCP descreve um modelo de atendimento médico usado com o intuito de garantir que as características de cada pessoa sejam levadas em consideração, capacitando os profissionais de saúde a lidar com a complexidade. Trata-se de um método com potencial de devolver ao médico um papel que outrora foi-lhe atribuído, mas que vem se perdendo nas últimas décadas face à excessiva fragmentação do cuidado em partes do corpo.

O objetivo da webpalestra a seguir é apresentar o MCCP como uma forma de abordagem integral dos problemas de saúde, identificando seus seis componentes básicos.


A pintura The Doctor, de Sir Luke Fildes, datada de 1891, escolhida para ilustrar esta postagem, mostra um médico imerso no problema de seu pequeno paciente, disposto ao cuidado, atento à doença, mas também acolhedor aos sofrimentos. Informações adicionais sobre essa obra de arte podem ser conferidas no site britânico TATE, local em que também foi obtida livremente a imagem.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Os adolescentes e algumas psicoses do nosso tempo

Sobre violência autoinfligida e a queda do pai na era moderna

A masturbação coletiva e os estudantes de Medicina